Após o período singular que viveu o comércio exterior entre 2010 e 2011, os preços das commodities parecem continuar a seguir a tendência de queda observada no ano passado. Somente neste ano, os preços do cobre e do ouro caíram 12% e 17% respectivamente, enquanto o barril de petróleo permanece abaixo dos 100 dólares[1].
Outras matérias-primas também vivem o mesmo cenário. O preço da tonelada de minério de ferro apresentou queda de aproximadamente 15% se comparado com a média de 126 dólares atingida em 2011; já a soja passou de 700 dólares a tonelada em agosto e chega hoje a 520 dólares[2].
Se as tendências forem confirmadas, especialistas afirmam que a “América Latina” pode viver a interrupção de um “superciclo” de crescimento econômico iniciado em 2002 e 2003, quando houve a plena incorporação da China ao comércio internacional e uma maior demanda por commodities no mercado.
Na “América do Sul”, por exemplo, a dependência de produtos primários e derivados gira em torno de 74%, podendo chegar a 90% em países como Venezuela, Chile e Equador[1]. Para o Brasil, o número está estimado em 54%.
No entanto, a expectativa é de que, conforme a economia mundial se recupere, a demanda por produtos primários seja retomada, dado que historicamente os preços das matérias-primas tendam a ser mais voláteis, seguindo o desempenho econômico global.
—————————-
Fontes consultadas:
[1] Ver:
[2] Ver:
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,precos-vao-continuar-em-baixa-diz-aeb-,1036009,0.htm